A revista ISTOÉ trás notícia nesta semana sobre o esquema milionário de DEM na primeira-secretaria do Senado, que envolveu pagamentos de propinas de até 30% sobre contratos, citando depoimentos que incriminam especificamente Efraim Moraes.
A primeira-secretaria do Senado Federal, é um feudo controlado há uma década com mão de ferro pelo DEMos (antigo PFL). Hoje está no posto Heráclito Fortes (DEM/PI). Sucedeu Efraim Morais (DEM/PB), e Romeu Tuma (na época no DEM/PFL, hoje no PTB).
A gestão do orçamento de R$ 2,7 bilhões por ano do Senado se dá nesta secretaria, na forma de uma caixa-preta, sem transparência, pois nenhum de nós sabe ao certo de que forma 81 Senadores consomem essa montanha de dinheiro.
Pois, o Ministério Público Federal começa a jogar uma luz nesta Caixa Preta.
Aloysio de Brito Vieira, o “Matraca”, é o elemento-chave.
Ex-presidente da Comissão de Licitação do Senado, se tornou o operador de um esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propinas que funciona com a conivência ou participação de alguns senadores do DEM.
O Ministério Público, já denunciou Aloysio po:
- formação de quadrilha;
- corrupção ativa;
- crimes da lei de licitações.
ISTOÉ teve acesso à ação criminal. A associação criminosa, diz o MP, beneficiou pelo menos duas empresas:
- Conservo Brasília Serviços Técnicos e
- Ipanema Empresa de Serviços Gerais de Transportes.
O MPF também denunciou Aloysio em ação civil de improbidade administrativa, na qual ele poderá ser condenado a restituir R$ 36,8 milhões ao Senado, por desvios nas licitações para contratação de veículos, de vigilância desarmada e para serviços de rádio e televisão.

Na tarde da quinta-feira (9), a revista ISTOÉ apresentou documentos a um dos cabeças da organização que revelou como funcionava o esquema.
Propinas de 30% para Efraim Morais / Apenas uma empresa pagava R$ 300 mil por MÊS em propinas
Para fazer parte do pool de fornecedores do Senado, empresas eram obrigadas a pagar uma propina que, dependendo do valor do contrato, poderia chegar a 30%.
"Só a empresa Ipanema foi obrigada a pagar R$ 300 mil reais por mês para o primeiro-secretário Efraim Morais", contou.
A Ipanema Empresas de Serviços Gerais de Transportes Ltda., que recebia cerca de R$ 30 milhões por ano pela terceirização dos funcionários da agência, jornal, rádio e TV da Casa, atuou no Senado até o final de março.
Outras empresas como a Delta Engenharia Indústria e Comércio Ltda. e a Brasília Informática também teriam pago comissões a Efraim, segundo o participante do esquema.
Durante a gestão de Efraim à frente da primeira-secretaria, o dinheiro desviado chegava às mãos do senador por intermédio do assessor parlamentar Eduardo Bonifácio Ferreira.
Era ele quem levava o pacote com a dinheirama até o gabinete do senador democrata.
A importância de Bonifácio era tamanha que ele detinha a chave do gabinete do primeiro-secretário.
Bonifácio chegou a ser filmado e fotografado pelo serviço de inteligência da Polícia Federal, a partir do circuito interno de câmeras do Senado.
Mesmo depois de perder o cargo de assessor, ele continuou com a chave do gabinete.

Segundo detalhou à ISTOÉ o integrante do grupo, os pagamentos mensais eram feitos em cima das faturas dos contratos. Assim que a fatura das empresas chegava ao banco, o percentual da propina era automaticamente retirado.
Ligado ao senador paulista Romeu Tuma (que foi primeiro-secretário pelo PFL/DEM e hoje é filiado ao PTB), Aloysio de Brito Vieira entrou no Senado como servidor efetivo em 1982 e trabalhou no setor de compras e serviços a partir de 1999.
Em 2003 deixou a área formalmente, mas continua a manter contatos com as empresas fornecedoras.
Em março de 2008, Aloysio assumiu outra área sensível na Casa.
Pelas mãos de Efraim, foi guindado à presidência da comissão encarregada de cuidar da verba indenizatória.
Ali, atestou as suspeitas notas apresentadas pelos senadores. Este ano, em meio à crise em que mergulhou a Casa, Aloysio foi acomodado, por orientação do novo primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), numa pequena sala localizada na gráfica da Casa.
Submergiu para sair dos holofotes. Mas o setor de compras pouco mudou de mãos. Sem alarde, seu sócio e primo Max Silveira Vieira foi nomeado por Heráclito na terça-feira 7, por meio do ato número 35 de 2009, para a Comissão de Gestão de Contratos.
Depois que começou a operar a caixa-preta do DEM no Senado, Aloysio engordou seu patrimônio.
Construiu uma mansão avaliada em R$ 2 milhões em Pirenópolis (GO), comprou apartamentos, carros de luxo, terrenos e, em sociedade com Max, um restaurante, o Unanimitá. "Gastei R$ 300 mil para fazer a reforma na casa. Esse é o valor dela", afirma Aloysio.
A família ainda tem um braço na área de informática: Vitor Guimarães Vieira, que, em 2005, durante a gestão de Efraim na primeira-secretaria, foi diretor executivo do Interlegis (portal dos poderes legislativos).
![]() | HERÁCLITO FORTES Primeiro-secretário desde janeiro de 2009, isolou Aloysio na gráfica, mas nomeou o primo dele como gestor de compras |
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ROMEU TUMA Foi primeiro-secretário entre 2003 e 2004 pelo DEM, quando Aloysio comandava as licitações. Hoje está no PTB | ![]() |
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![]() | ALOYSIO DE BRITO VIEIRA Ex-presidente da Comissão de Licitação, está no Senado desde 1982 e é o personagem central do esquema |
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EFRAIM MORAIS Primeiro-secretário de 2005 a 2008, é acusado de ter recebido R$ 300 mil mensais de uma prestadora de serviços | ![]() |
A primeira-secretaria do Senado Federal, é um feudo controlado há uma década com mão de ferro pelo DEMos (antigo PFL). Hoje está no posto Heráclito Fortes (DEM/PI). Sucedeu Efraim Morais (DEM/PB), e Romeu Tuma (na época no DEM/PFL, hoje no PTB).
A gestão do orçamento de R$ 2,7 bilhões por ano do Senado se dá nesta secretaria, na forma de uma caixa-preta, sem transparência, pois nenhum de nós sabe ao certo de que forma 81 Senadores consomem essa montanha de dinheiro.
Pois, o Ministério Público Federal começa a jogar uma luz nesta Caixa Preta.
Aloysio de Brito Vieira, o “Matraca”, é o elemento-chave.
Ex-presidente da Comissão de Licitação do Senado, se tornou o operador de um esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propinas que funciona com a conivência ou participação de alguns senadores do DEM.
O Ministério Público, já denunciou Aloysio po:
- formação de quadrilha;
- corrupção ativa;
- crimes da lei de licitações.
ISTOÉ teve acesso à ação criminal. A associação criminosa, diz o MP, beneficiou pelo menos duas empresas:
- Conservo Brasília Serviços Técnicos e
- Ipanema Empresa de Serviços Gerais de Transportes.
O MPF também denunciou Aloysio em ação civil de improbidade administrativa, na qual ele poderá ser condenado a restituir R$ 36,8 milhões ao Senado, por desvios nas licitações para contratação de veículos, de vigilância desarmada e para serviços de rádio e televisão.

Na tarde da quinta-feira (9), a revista ISTOÉ apresentou documentos a um dos cabeças da organização que revelou como funcionava o esquema.
Propinas de 30% para Efraim Morais / Apenas uma empresa pagava R$ 300 mil por MÊS em propinas
Para fazer parte do pool de fornecedores do Senado, empresas eram obrigadas a pagar uma propina que, dependendo do valor do contrato, poderia chegar a 30%.
"Só a empresa Ipanema foi obrigada a pagar R$ 300 mil reais por mês para o primeiro-secretário Efraim Morais", contou.
A Ipanema Empresas de Serviços Gerais de Transportes Ltda., que recebia cerca de R$ 30 milhões por ano pela terceirização dos funcionários da agência, jornal, rádio e TV da Casa, atuou no Senado até o final de março.
Outras empresas como a Delta Engenharia Indústria e Comércio Ltda. e a Brasília Informática também teriam pago comissões a Efraim, segundo o participante do esquema.
Durante a gestão de Efraim à frente da primeira-secretaria, o dinheiro desviado chegava às mãos do senador por intermédio do assessor parlamentar Eduardo Bonifácio Ferreira.
Era ele quem levava o pacote com a dinheirama até o gabinete do senador democrata.
A importância de Bonifácio era tamanha que ele detinha a chave do gabinete do primeiro-secretário.
Bonifácio chegou a ser filmado e fotografado pelo serviço de inteligência da Polícia Federal, a partir do circuito interno de câmeras do Senado.
Mesmo depois de perder o cargo de assessor, ele continuou com a chave do gabinete.

Segundo detalhou à ISTOÉ o integrante do grupo, os pagamentos mensais eram feitos em cima das faturas dos contratos. Assim que a fatura das empresas chegava ao banco, o percentual da propina era automaticamente retirado.
Ligado ao senador paulista Romeu Tuma (que foi primeiro-secretário pelo PFL/DEM e hoje é filiado ao PTB), Aloysio de Brito Vieira entrou no Senado como servidor efetivo em 1982 e trabalhou no setor de compras e serviços a partir de 1999.
Em 2003 deixou a área formalmente, mas continua a manter contatos com as empresas fornecedoras.
Em março de 2008, Aloysio assumiu outra área sensível na Casa.
Pelas mãos de Efraim, foi guindado à presidência da comissão encarregada de cuidar da verba indenizatória.
Ali, atestou as suspeitas notas apresentadas pelos senadores. Este ano, em meio à crise em que mergulhou a Casa, Aloysio foi acomodado, por orientação do novo primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), numa pequena sala localizada na gráfica da Casa.
Submergiu para sair dos holofotes. Mas o setor de compras pouco mudou de mãos. Sem alarde, seu sócio e primo Max Silveira Vieira foi nomeado por Heráclito na terça-feira 7, por meio do ato número 35 de 2009, para a Comissão de Gestão de Contratos.
Depois que começou a operar a caixa-preta do DEM no Senado, Aloysio engordou seu patrimônio.
Construiu uma mansão avaliada em R$ 2 milhões em Pirenópolis (GO), comprou apartamentos, carros de luxo, terrenos e, em sociedade com Max, um restaurante, o Unanimitá. "Gastei R$ 300 mil para fazer a reforma na casa. Esse é o valor dela", afirma Aloysio.
A família ainda tem um braço na área de informática: Vitor Guimarães Vieira, que, em 2005, durante a gestão de Efraim na primeira-secretaria, foi diretor executivo do Interlegis (portal dos poderes legislativos).
Enviar por e-mail: Por: Zé Augusto . Sábado, Julho 11, 2009 Comentarios (16) | Trackback Links para esta postagem
Veja escondeu por um ano dossiê Sarney
A revista Veja desta semana, publica o envolvimento de José Sarney com Edemar Cid Ferreira, ex-banqueiro do Banco Santos, já condenado por crimes financeiros, alguns semelhantes aos de Daniel Dantas, porém bem mais modestos.
A revista confessa que escondeu estas denúncias na gaveta por um ano. Se a revista fosse ética teria publicado quando soube da informação, muito antes da eleição de Sarney para a presidência do Senado.
Das denúncias, só o próprio Sarney pode se defender. Ele é quem sabe o que fez e o que não fez, e cabe a ele responder pelos seus atos, se forem verdade.
Portanto essa nota nada tem a ver com a defesa dele, e sim com a revista Veja.
As denúncias, em sua maioria, não são novidade. O jornalista Luís Nassif já havia denunciado há muito tempo, muita coisa do que só agora a Veja publica.
Portanto, Sarney está na posição que esteve Eduardo Azeredo nos primórdios das denúncias do mensalão tucano, antes de serem formalizadas pelo Ministério Público.
As denúncias contra Sarney merecem a mesma apuração que teve Azeredo, e se provas houver de fato, sofrerá o mesmo rigor do MP.
Nassif escreveu que "Sarney é Sarney desde que entrou na política...".
É preciso acrescentar que a "Veja é a Veja desde que entrou na política..." também. Basta lembrar do grampo Gilmar-Demóstenes foi sem nunca ter sido, da Charuteira, da falsa conta de Lula no exterior, dos boxeadores cubanos, etc, etc, etc.
Pois a Veja deixou escapar no meio da matéria uma verdadeira confissão descarada de como é seletiva nas denúncias de corrupção, e como é protege a corrupção dos "amigos".
Nas palavras da própria revista:
"Há um ano, VEJA teve acesso a esse e outros documentos do rumoroso caso de liquidação extrajudicial do Banco Santos.
Na semana passada, finalmente ficou claro que JS-2 era o nome-código de uma conta em dólares de José Sarney... "
Ou seja, a Veja tinha esse material há um ano guardado na gaveta, para usar ou não usar, conforme fosse ou não "interessante".
Se pensasse no interesse público de informar, teria informado há um ano de qualquer maneira. Teria informado, pelo menos antes da eleição do Senado. Se achou que os indícios não eram suficientes para denunciar na época, não deveria ter publicado agora, enquanto não reunisse mais provas (a reportagem afirma que só o MP e Justiça poderá atestar se as informações que ela publica são o que são).
Imagine que José Sarney seguisse Orestes Quércia e flertasse com o outro JS, o José Serra? Então a Veja não publicaria.
E tem mais: se JS é codinome, quem pode provar com absoluta certeza que JS não é José Serra? Imagine essa notícia fora desta época quando Sarney exercia um mandato discreto, e José Serra estava envolvido no escândalo da ALSTOM?
O mal dos tucanos como José Serra é que são repetitivos, fazem a eterna política dos dossiês, aprendida com ACM. Se lixam para corrupção, gostam é de denuncismo.
Em 2002, quando Serra foi ultrapassado nas pesquisas por Roseana Sarney, forjou uma operação da Polícia Federal no caso Lunus. O desgaste na imprensa com o escândalo afastou Roseana da disputa, abrindo caminho para Serra chegar ao segundo turno.
Passada eleição de 2002, a própria imprensa reabilitou a imagem tanto de Roseana quanto de Sarney, quando interessou.
Agora tiram da gaveta outro dossiê, que confessadamente estava guardado há ano, com os mesmo objetivos: Sarney é um obstáculo na presidência do Senado para o objetivo demo-tucano de paralisar o Brasil no Senado. José Serra quer removê-lo, e recorre ao velho expediente do dossiê.
De qualquer forma, quando os poderosos brigam, o povo ganha. Então espera-se os próximos capítulos, inclusive a réplica de Sarney
Robson Javas® - JPT - Parnaíba - PI
Fontes: SORG - PI
A revista confessa que escondeu estas denúncias na gaveta por um ano. Se a revista fosse ética teria publicado quando soube da informação, muito antes da eleição de Sarney para a presidência do Senado.
Das denúncias, só o próprio Sarney pode se defender. Ele é quem sabe o que fez e o que não fez, e cabe a ele responder pelos seus atos, se forem verdade.
Portanto essa nota nada tem a ver com a defesa dele, e sim com a revista Veja.
As denúncias, em sua maioria, não são novidade. O jornalista Luís Nassif já havia denunciado há muito tempo, muita coisa do que só agora a Veja publica.
Portanto, Sarney está na posição que esteve Eduardo Azeredo nos primórdios das denúncias do mensalão tucano, antes de serem formalizadas pelo Ministério Público.
As denúncias contra Sarney merecem a mesma apuração que teve Azeredo, e se provas houver de fato, sofrerá o mesmo rigor do MP.
Nassif escreveu que "Sarney é Sarney desde que entrou na política...".
É preciso acrescentar que a "Veja é a Veja desde que entrou na política..." também. Basta lembrar do grampo Gilmar-Demóstenes foi sem nunca ter sido, da Charuteira, da falsa conta de Lula no exterior, dos boxeadores cubanos, etc, etc, etc.
Pois a Veja deixou escapar no meio da matéria uma verdadeira confissão descarada de como é seletiva nas denúncias de corrupção, e como é protege a corrupção dos "amigos".
Nas palavras da própria revista:
"Há um ano, VEJA teve acesso a esse e outros documentos do rumoroso caso de liquidação extrajudicial do Banco Santos.
Na semana passada, finalmente ficou claro que JS-2 era o nome-código de uma conta em dólares de José Sarney... "
Ou seja, a Veja tinha esse material há um ano guardado na gaveta, para usar ou não usar, conforme fosse ou não "interessante".
Se pensasse no interesse público de informar, teria informado há um ano de qualquer maneira. Teria informado, pelo menos antes da eleição do Senado. Se achou que os indícios não eram suficientes para denunciar na época, não deveria ter publicado agora, enquanto não reunisse mais provas (a reportagem afirma que só o MP e Justiça poderá atestar se as informações que ela publica são o que são).
Imagine que José Sarney seguisse Orestes Quércia e flertasse com o outro JS, o José Serra? Então a Veja não publicaria.
E tem mais: se JS é codinome, quem pode provar com absoluta certeza que JS não é José Serra? Imagine essa notícia fora desta época quando Sarney exercia um mandato discreto, e José Serra estava envolvido no escândalo da ALSTOM?
O mal dos tucanos como José Serra é que são repetitivos, fazem a eterna política dos dossiês, aprendida com ACM. Se lixam para corrupção, gostam é de denuncismo.
Em 2002, quando Serra foi ultrapassado nas pesquisas por Roseana Sarney, forjou uma operação da Polícia Federal no caso Lunus. O desgaste na imprensa com o escândalo afastou Roseana da disputa, abrindo caminho para Serra chegar ao segundo turno.
Passada eleição de 2002, a própria imprensa reabilitou a imagem tanto de Roseana quanto de Sarney, quando interessou.
Agora tiram da gaveta outro dossiê, que confessadamente estava guardado há ano, com os mesmo objetivos: Sarney é um obstáculo na presidência do Senado para o objetivo demo-tucano de paralisar o Brasil no Senado. José Serra quer removê-lo, e recorre ao velho expediente do dossiê.
De qualquer forma, quando os poderosos brigam, o povo ganha. Então espera-se os próximos capítulos, inclusive a réplica de Sarney
Robson Javas® - JPT - Parnaíba - PI
Fontes: SORG - PI
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